height=336 alt="Naval FCPorto.JPG" src="http://diegomeuanjinho.blogs.sapo.pt/arquivo/Naval FCPorto.JPG" width=448 border=0>
Há uma ilusão de equilíbrio que resulta dos números finais e que se esfuma rapidamente no conteúdo do jogo. FC Porto e Naval terminaram separados por apenas um golo, mas a distância cavada entre a produção efectiva de ambos é bem mais significativa. Espreita-se as jogadas de perigo e percebe-se que aos portistas cabe uma generosa fatia de noventa e cinco por cento desses lances, o que traduz uma inquestionável supremacia. Quase sem oposição. O quase aqui é importante porque há dois golos da Naval para contar e a eficácia é também credora de elogios, ainda que possa ter resultado de deslizes que Adriaanse terá de corrigir. O holandês queria golos e teve-os; dispensava seguramente sofrer aqueles dois, mas vai ter de alertar a defesa para a necessidade de simplificar os processos e redobrar a concentração. Adriaanse queria também, para começar, uma atitude menos passiva do que aquela que o FC Porto apresentara em casa, na estreia. Foi bem sucedido nessa parte. Os portistas abordaram o adversário pelos colarinhos e apertaram com força, confinando-o ao espaço defensivo. Insistiram o suficiente para ameaçar a asfixia total, mas essa intenção esbarrou, de início, nalguma falta de pontaria e no facto de Taborda ter esperneado bem. O guarda-redes da Naval, que até já passou pelo FC Porto, foi-se esticando, desviando os remates que o FC Porto queria que seguissem em linha recta. Sonkaya tentou; Diego insistiu; Postiga também. Sem sucesso. Adriaanse preparava já o sermão do intervalo quando a sorte mudou. César Peixoto, de cabeça, respondeu bem a um canto de Jorginho e oxigenou os pulmões portistas. Intervalo.
Aproveitemos o descanso para isolar César Peixoto. Apesar do autogolo, é justo que se dispense alguns adjectivos e o melhor, antes de mais, é esquecer toda a informação que se foi acumulando nos últimos anos porque, aparentemente, este César Peixoto só manteve mesmo o nome. Transformando por Adriaanse num defesa de rendimento - até ver - aceitável, quando a adaptação parecia encerrar contornos de risco contra qualquer adversário, apresentou ontem outra faceta desconhecida: também sabe cabecear. E para provar que não foi um acidente, fê-lo duas vezes. Com isto, entra-se na segunda parte do jogo. Há esse segundo golo, tirado a papel químico, e o da resposta da Naval, que aproveitou alguma passividade defensiva dos portistas. Fogaça mostrou credenciais e prolongou o protagonismo da primeira jornada.
A Naval podia e devia ter crescido, mas o FC Porto não deixou. A diferença mínima não ressuscitou fantasmas do passado e os portistas mantiveram-se personalizados. Lucho, Ibson e Diego seguravam as pontas no meio, desenrolando-as para uma frente de ataque que continuava incansável. Jorginho e Lisandro foram quebra-cabeças permanentes. Postiga não. Esforçou-se, ninguém terá coragem de o negar, mas acrescentou exactamente o quê? A entrada de Hugo Almeida, que também costuma falhar golos em doses industriais, foi ontem uma jogada decisiva de Adriaanse. O avançado controlou a veia do desperdício e aproveitou a primeira ocasião, desenhada com mestria por Quaresma e amortecida por Jorginho. Hugo Almeida não falhou e serenou a equipa, ganhando, quem sabe, o direito a aspirar a mais do que o estatuto de arma de banco. Parecia um ponto final no encontro, mas César Peixoto, na tal jogada infeliz, tratou de vitaminar os minutos finais, abrindo espaço para algumas reticências. O FC Porto voltou, então, a dar sinais de estofo para aguentar a pressão. O que, recordando um passado recente, é também uma grande novidade.
Estádio Municipal José Bento Pessoa | relvado: sofrível| espectadores: 6 000 | árbitro: Lucílio Baptista, AF Setúbal | assistentes: Luís Salgado (AF Setúbal) e Hernâni Fernandes (AF Lisboa) | 4º árbitro: Nuno Afonso
GOLOS [0-1] César Peixoto 45', [0-2] César Peixoto 52', [1-2] Bruno Fogaça 55', [1-3] Hugo Almeida 83', [2-3] César Peixoto pb 86'
1 Taborda GR Amarelos 40' Carlitos, 61' Márcio Luiz, 73' Nélson Veiga 99 Vítor Baía GR Amarelos 26' Pedro Emanuel Visitante Sobre o adversário, Co Adriaanse destacou a "boa exibição" da Naval, admitindo que, nos últimos cinco minutos, a equipa do FC Porto passou por "algumas dificuldades", numa altura em que os figueirenses "acreditavam que poderiam chegar ao empate". Fonte: OJogo
7 Carlitos LD
4 Nélson Veiga DC
3 João Paulo DC
55 Bessa LE
8 Gilmar MD
16 Glauber MD 54'
18 Fajardo AE
73 Márcio Luiz MO 75'
27 Saulo AD 63'
9 Bruno Fogaça A
Manuel Cajuda
12 Sopalski GR
28 Aurélio DC
30 Solimar MD 75'
29 João Mendes MO
24 Rui Miguel MO 54'
90 Leo Guerra AV 63'
22 Sonkaya LD
3 Ricardo Costa DC
4 Pedro Emanuel DC
21 César Peixoto LE
6 Ibson MD
8 Lucho MD
20 Diego MO 85'
17 Jorginho AD
11 Lisandro Lopez AE 77'
10 Hélder Postiga AV 68'
Co Adriaanse
1 Helton GR
14 Pepe DC
18 Paulo Assunção MD
7 Quaresma AD 77'
27 Alan AE 85'
39 Hugo Almeida AV 68'
19 Sokota A
Estatística do jogo
Visitado
8 remates
0 poste
3 defendidos
2 golos
3 fora
0 pequena-área
3 grande-área
5 fora da área
25% eficácia remate/golo
24 faltas cometidas
2 cantos
6 foras-de-jogo
18 remates
0 poste
7 defendidos
3 golos
8 fora
2 pequena-área
7 grande-área
9 fora da área
17% eficácia remate/golo
15 faltas cometidas
11 cantos
0 foras-de-jogo Co Adriaanse
"Passamos por algumas dificuldades perto do final"
No final do encontro com a Naval, Co Adriaanse estava "satisfeito" com a vitória, afirmando que a equipa "jogou melhor e mais rápido que no último encontro", considerando que a subida de rendimento se ficou a dever a uma "maior frescura dos jogadores". O treinador portista destacou o "elevado número de cantos" conquistados pelos dragões ao longo da partida, salientando que "dois deles resultaram em golo". A este propósito, falou da exibição de César Peixoto, dizendo ser "fantástico" um defesa-esquerdo marcar por duas vezes num jogo, embora lamentasse que o lateral tivesse marcado também "na baliza errada". De resto, golos foi aquilo que o FC Porto "mais desperdiçou", segundo Adriaanse, sendo Postiga um dos que mais falhou na finalização. "Postiga está a trabalhar bem e é um bom jogador, mas tenho outros jogadores no banco para a mesma posição", explicou o técnico portista, deixando no ar a ideia de que McCarthy deverá ser titular no próximo jogo. O meio-campo dos dragões também teve direito a elogios, com Adriaanse a destacar as exibições de "Lucho, Ibson e Diego". Quaresma foi outro dos nomes citados pelo treinador do FC Porto, que definiu o extremo como "um jogador de grande talento, que tem trabalhado muito". "Quaresma é um bom rapaz, merece jogar e tem um grande futuro pela frente", afirmou, "mas para isso terá de aprender a jogar para a equipa, sendo a minha função ensiná-lo".
Sobre a sua equipa
"Jogámos melhor e mais rápido que no último encontro. Dominamos a partida e o elevado números de cantos que conquistámos é exemplo disso. Dois deles resultaram em golo."
Sobre o adversário
"A Naval fez uma boa exibição e causou-nos algumas dificuldades nos últimos cinco minutos, quando acreditava que poderia chegar ao empate."
Sobre Postiga
"Está a trabalhar bem e é um bom jogador, mas tenho outros jogadores para a mesma posição."
Sobre Quaresma
"Tem trabalhado muito, é um jogador de grande talento e merece jogar. Tem um grande futuro pela frente, se aprender a jogar para a equipa. Para isso, estou cá eu para ensiná-lo." 6 Diego
Co Adriaanse diz que o brasileiro precisa de espaços para jogar bem, mas não é uma condição necessária. Ontem o médio trabalhou imenso na recuperação de bolas e não demorou muito a pensar onde colocá-las, fazendo-o com simplicidade e fruto de técnica de passe apurada. Aos 13' rematou forte mas Taborda defendeu.
As entradas de Bruno Alves e Quaresma e a saída de Raúl Meireles, que se encontra lesionado, são as novidades da convocatória do F.C. Porto para o encontro de amanhã com a Naval, partida referente à segunda jornada da Liga e que vai disputar-se no Estádio Municipal José Bento Pessoa.
A equipa de Co Adriaanse treinou esta tarde pela última vez antes da viagem para a região centro e, após os trabalhos no Estádio do Dragão, o técnico deu a conhecer as suas escolhas, que integram os seguintes atletas: Alan, Bruno Alves, César Peixoto, Diego, Hélder Postiga, Helton, Hugo Almeida, Ibson, Jorginho, Lisandro Lopez, Lucho Gonzalez, Paulo Assunção, Pedro Emanuel, Pepe, Quaresma, Ricardo Costa, Sokota, Sonkaya e Vítor Baía.
Em relação à informação clínica, ficou igualmente a saber-se que Raúl Meireles, Bosingwa e Leandro efectuaram tratamento às respectivas lesões, enquanto McCarthy e Bruno Moraes compareceram no relvado, onde efectuaram treino
Fonte FC Porto
Não serão propriamente vizinhos, mas a distância entre os dois encurtará. A transferência de Robinho para Madrid aproxima-o de Diego e que ninguém se admire se o vir um dia destes a passear pelo Porto. É o próprio quem o deixa subentendido, a título de comentário aos benefícios da mudança para o Real Madrid. Enquanto embarcava para o último jogo com a camisola do Santos, Robinho disse a quem o quis ouvir que, entre muitas outras coisas boas, a entrada na Europa permitir-lhe-á reencontrar o amigo Diego. Sem o Atlântico a atrapalhar, Robinho conta poupar uns trocos na conta de telefone e colocar os assuntos em dia pessoalmente. Há ainda a hipótese de ambos se reencontrarem em campo, o que seria inédito. O sorteio da Liga dos Campeões há-de desfazer esse mistério, mas enquanto a possibilidade, mesmo que remota, estiver de pé, Robinho não se cansará de a lembrar. Com pimenta, para dar um gostinho especial a uma relação também ela muito especial.
Até o FC Porto convencer o Santos com um cheque bem redondinho para libertar Diego, ninguém os imaginava separados. Acreditava-se no Brasil que quem levasse um acabaria por querer incluir o outro no negócio. Optar apenas por um seria como que rasgar um bilhete de lotaria, o tal que, por inteiro, tinha garantido a sorte grande ao Santos. Após anos de jejum, e com as finanças no vermelho, os santistas apostaram tudo nas camadas de formação - de onde também saiu Bruno Moraes - e acabaram por ser guiados ao título brasileiro por dois adolescentes que não tinham idade sequer para tirar a carta de condução. Diego e Robinho, precisamente. O Brasil rendeu-se ao talento de ambos e os clubes europeus trataram de os anotar nas respectivas agendas. O Santos foi resistindo às primeiras investidas, tentando manter a dupla. Sem sucesso. Fez questão de manter um, Robinho, até o Real Madrid perder a paciência e a cabeça, elevando-o à categoria de galáctico. Diego foi o primeiro a abrir a porta europeia, gostou e aconselhou o amigo a atravessar o Atlântico. A amizade entre os dois segue dentro de momentos...
O F.C. Porto entrou a vencer na Liga 2005/06, derrotando esta noite o Estrela da Amadora por 1-0, num encontro em que a perseverança azul e branca valeu pontos. A equipa de Co Adriaanse merecia mais, um resultado um pouco mais folgado, tal a força que revelou durante todo o jogo. Uma exibição em crescendo, que deu a conhecer um Dragão incansável na procura pelo triunfo.
FICHA DO JOGO
Liga 2005/06 1ª jornada
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 48.217
Árbitro: João Vilas Boas (Braga)
Árbitros assistentes: Alfredo Braga e Vítor Braga
4º árbitro: Cosme Machado
F.C. PORTO Vítor Baía; Sonkaya, Ricardo Costa, Pedro Emanuel «cap.» e Leandro; Raul Meireles, Lucho e Diego; Jorginho, Hélder Postiga e Lisandro
Substituições: Hélder Postiga por Alan (75m), Lisandro por Hugo Almeida (79m) e Raul Meireles por Ibson (90m)
Não utilizados: Helton, Pepe e Paulo Assunção
Treinador: Co Adriaanse
ESTRELA DA AMADORA Bruno Vale ; Tony, Santamaria, Maurício e Eusébio; Coutinho, Pedro Simões «cap.», Rui Duarte e Emerson; Igor Sousa e Manu
Substituições: Rui Duarte por Igor (60m), Igor Sousa por Semedo (60m) e Pedro Simões por Anselmo (86m)
Não utilizados: Hugo Cardoso, Valdir, Carlos e Zamorano
Treinador: Toni
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Ricardo Costa (56m)
Disciplina: Cartão amarelo a Pedro Simões (14m), Jorginho (27m), Coutinho (28m), Emerson (64m) e Manu (78m)
Fontes:FC Porto
Imagens: Gettyimages.com
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