A chamada do jovem Hélder Barbosa é a principal novidade da lista de convocados de Co Adriaanse para a deslocação a Coimbra, onde este domingo, pelas 18.30 horas, a formação portista defronta a Académica. O esquerdino foi promovido ao plantel principal por Co Adriaanse em Dezembro passado e participou no jogo amigável frente ao Dínamo Moscovo realizado a 18 de Janeiro. Antes disso, na época de Mourinho, fez a estreia pela equipa principal frente ao Barcelona na inauguração do estádio do Dragão.
Oficialmente, porém, Hélder Barbosa foi convocado pela primeira vez este sábado, uma estreia patrocinada por Co Adriaanse, que agora pode também ficar marcado na carreira do promissor jovem fazendo-o alinhar pela primeira em jogos oficiais pela principal equipa azul e branca. Para compensar a entrada de Hélder Barbosa o treinador holandês extraiu da convocatória o também jovem Anderson, que já no clássico frente ao Sporting tinha ficado de fora da lista de dezoito eleitos para a ficha de jogo.
Ibson, Paulo Ribeiro e Bosingwa cedem lugar a Alan, Hélton e Jorginho
Co Adriaanse operou mais três alterações na lista de convocados relativamente ao jogo com o Sporting, deixando de fora os nomes do guarda-redes Paulo Ribeiro, do defesa Bosingwa (castigado) e do médio Ibson, que cedem os lugares no lote dos eleitos a Hélton, Jorginho e Alan. Os dois primeiros regressam, de resto, após uma paragem de várias semanas por lesão. Refira-se por fim que o avançado Adriano, que ainda ontem trabalhara condicionado devido a uma contusão na perna direita, debelou completamente a lesão e foi chamado, podendo por isso ser opção para um jogo em que apenas os crónicos Sokota, César Peixoto e Bruno Moraes não podem ser opção por lesão.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Vítor Baía e Hélton;
Defesas: Bruno Alves, Pedro Emanuel, Pepe, Ricardo Costa e Marek Cech;
Médios: Paulo Assunção, Jorginho, Raul Meireles, Lucho González e Hélder Barbosa;
Avançados: Ricardo Quaresma, Lisandro López, McCarthy, Adriano, Hugo Almeida e Ivanildo e Alan.
Fonte:MaisFutebol
O Jogo:
Um pontapé certeiro de Hugo Almeida, pouco depois de ter sido lançado por Adriaanse, desencravou o jogo e permitiu ao FC Porto manter o fôlego na liderança. A Académica começou por contentar-se com o empate e acabou surpreendida num golpe baixo do avançado.
Dizem que dá azar, mas não parece que o FC Porto tenha razões de queixa. Hugo Almeida entrou no jogo de pé esquerdo, embalando com ele um remate que Dani não conseguiu parar. Desconte-se a parcela supersticiosa do assunto e divida-se em partes a frase anterior para um exercício mais estimulante: Hugo Almeida, uso do pé e golo. Parecem contradições entrelaçadas, mas foi mesmo dessa conjugação improvável que surgiu uma bombada de oxigénio que garante fôlego na liderança. Junte-se Jorginho ao parágrafo que resume o momento determinante, porque foi dele o passe que rasgou caminho para Hugo Almeida, e, ainda antes do ponto, garante-se um final feliz por conta da reconciliação dos adeptos portistas com dois mal-amados.
Prosseguindo com a história, é justo reconhecer o protagonismo de Adriaanse. Não foi a primeira vez que o holandês se socorreu dos centímetros de Hugo Almeida, mas é precisamente por se saber como terminaram as tentativas anteriores que o facto ganha um relevo acrescido. A previsível tentação por uma abordagem mais preguiçosa, assente em lançamentos para a cabeça do avançado, tinha tudo para deixar os centrais da Académica de guardanapo pendurado ao pescoço, à espera do banquete. Apesar do improviso a que Nelo Vingada foi forçado, depois da lesão de Zé Castro, Hugo Alcântara e Paulo Adriano dominavam tudo o que vinha por alto. As duas primeiras tentativas do FC Porto nesse estilo reforçaram a ideia: o chuveirinho corria o risco de se transformar num banho de imersão, onde o líder acabaria por se afogar. À terceira, desfez-se o equívoco. Os portistas apostaram no tal golpe baixo, destruindo a eficácia defensiva da Académica. Vingada, cauteloso até aí, apostou em Luciano e tentou reverter a desvantagem. Sem grandes argumentos, até porque Adriaanse foi rápido na resposta, reconfigurando a defesa com a entrada de Ricardo Costa.
Agora, o princípio
Desde a primeira linha e das improbabilidades que a alimentaram, esta parece uma história de loucos. Fim e meio estão explicados, falta o princípio. Uma parte interessante, a começar na baliza do FC Porto. Da cartola de Adriaanse saltou Helton, mais surpresa e meia: Pepe foi desviado para a direita, o que já era admitido, mas a novidade acabou por ser Alan. Peças novas para um estilo de jogo antigo, que começou por engasgar numa linha média sintonizada com os passes errados e, quando as coisas corriam melhor, num ataque de desperdício. Nelo Vingada asfixiou bem as peças nucleares do FC Porto e, depois de perder Zé Castro, ganhou um bónus inesperado: a lesão de Lucho González. Ainda que mais dominadores, os portistas eram lentos e previsíveis na movimentação. Só faltavam mesmo os néons a anunciar o destino da bola, pelo que o empate ao intervalo não surpreendia ninguém. A postura foi parcialmente corrigida ao intervalo, garantindo outro ritmo, ainda que longe de entusiasmar.
Ficha de jogo
Estádio Cidade de Coimbra | relvado: estado razoável | espectadores: 13 069 | árbitro: António Costa [Setúbal] | assistentes: António Godinho [Setúbal] e Pedro Pinheiro [Setúbal] | 4º árbitro: Luís Reforço
Académica 0 - FC Porto 1
GOLO [0-1] Hugo Almeida, 71
FC Porto
1 Helton GR
14 Pepe LD
4 Pedro Emanuel DC
35 Marek Cech LE
18 Paulo Assunção MD
8 Lucho González MO 41
16 Raul Meireles MO
27 Alan AD
7 Quaresma AE
28 Adriano AV 63
9 McCarthy AV 72
T: Co Adriaanse
31 Vítor Baía GR
13 Bruno Alves DC
3 Ricardo Costa DC 72
17 Jorginho AD 41
25 Ivanildo AE
11 Lisandro AV
39 Hugo Almeida AV 63
ESTATÍSTICA DO JOGO
FC Porto
10 remates
0 poste
3 defendidos
1 golos
6 fora
1 pequena-área
7 grande-área
2 fora da área
10% eficácia remate/golo
11 faltas cometidas
5 cantos
5 foras-de-jogo
Fonte:OJogo
Co Adriaanse faz regressar Raul Meireles ao lote de convocados do F.C. Porto, que defronta, este sábado, o Paços de Ferreira, em jogo da 27ª jornada da Liga. O médio cumpriu castigo no jogo da Taça de Portugal frente ao Marítimo. De fora ficam Alan e Pepe. O central viu o cartão vermelho na Madeira, pelo que cumpre castigo.
O conjunto portista cumpriu a última sessão antes do encontro frente aos pacenses no Dragão. Jorginho, Helton e Sokota voltaram a passar pelo relvado, fazendo treino condicionado. César Peixoto mantém-se em tratamento no departamento médico.
Guarda-redes: Vítor Baía e Paulo Ribeiro;
Defesas: Ricardo Costa, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Cech;
Médios: Anderson, Bosingwa, Ibson, Lisandro Lopez, Lucho González, Raul Meireles, Paulo Assunção e Quaresma;
Avançados: Adriano, Ivanildo, McCarthy e Hugo Almeida.
No mesmo dia sobre Diego:
Presente da inauguração da Casa do F.C. Porto de Vale de Cambra, ao final da tarde desta sexta-feira, o presidente do clube portista, Pinto da Costa, garantiu aos jornalistas que a constante ausência de Diego das convocatórias não significa que o médio esteja de saída do clube.
«O Diego é para continuar no F.C. Porto. Se assim não fosse, já teria sido vendido. O treinador gosta dele, como gosta de todos os jogadores, mas só pode convocator dezoito para cada jogo, às vezes 19», explicou o dirigente do clube portista.
Pinto da Costa comentou ainda o alegado interesse do Ajax em Co Adriaanse. «O treinador tem contrato por mais dois anos. Só não tem por mais tempo porque eu não faço, por hábito, contratos com duração superior ao meu mandato», referiu o presidente do F.C. Porto, à margem da cerimónia
Será isto bom????
Fonte: MaisFutebol
McCarthy, Adriano e Lisandro sacaram do bolso as carteiras profissionais de goleadores no mesmo dia, para dar singularidade a um jogo muito parecido com os últimos do FC Porto na Liga: suave e cheio. No entanto, sem ter sido injustiçado, o Paços de Ferreira até deu que fazer
Um jogo cheio de coisas para dizer, sendo que nenhuma delas tem a ver com o árbitro, é sempre uma surpresa, mas pode ser também um dilema. Dar relevo ao quê? À curiosidade dos três golos assinados pelos três goleadores do FC Porto, para o caso de haver neles um significado especial? À vontade que os portistas, e não só, têm de ver Anderson fazer mais do que o normal num miúdo de dezassete anos atrapalhado com as novas exigências? Ou esquecer essas particularidades todas, se calhar até a suavidade com que a equipa de Adriaanse voltou a engordar uma vitória, e pôr os olhos naquele período, na segunda parte, em que o meio-campo do Paços de Ferreira incomodou de facto o adversário, jogando muito à maneira do que costuma fazer o Sporting? Constatações à parte, o FC Porto ganhou, teve lances de golo (a roçar o escândalo) antes de marcar e continuou a tê-los muito depois do 3-0. Cortando vinte minutos aos noventa - o que é muito -, teria sido perfeito.A começar, uma daquelas alterações inesperadas com que Adriaanse gosta de nos fintar: o substituto de Pepe, no lugar de defesa central, foi Pedro Emanuel. Na esquerda, jogou Cech. Nada de injustificável, porque os avançados do Paços até são bem mais à medida do "capitão" do que de Bruno Alves. Na frente, manteve-se Anderson, para felicidade das bancadas, embora estas últimas tenham sido obrigadas a satisfazer-se com migalhas durante muito tempo. Entre jogar simples, como o treinador gosta, manter a bola, aguentar a pressão imediata dos adversários, que é novidade para ele, e procurar estar à altura das expectativas, Anderson já tinha mais em mãos do que era capaz de suportar. E o Paços de ontem não oferecia um só centímetro para leviandades. Os quatro defesas e dois trincos, complementados com mais dois médios e ainda dois avançados encarregues de iniciar a pressão mantiveram, do princípio até ao fim do jogo, a capacidade de colocar quatro jogadores em volta da bola. O que até deu alguma vida ao jogo.
Condenado ao futebol de primeiro toque, o FC Porto usou relativamente bem o espaço que era dado aos laterais, Bosingwa e Cech, começando por aí o desequilíbrio possível do Paços. Talvez não desse para entrar com a bola corrida pela baliza dentro, mas os cruzamentos que foram aparecendo incomodavam o suficiente. McCarthy passou por cima do mais intencional de todos eles pouco antes de marcar, à custa de um erro de Fredy, que quebrou a solidariedade do fora-de-jogo e, por consequência, a lógica de José Mota. A perder, servia de pouco aos pacenses aquele abraço tão apertado em volta da bola, e o segundo golo, registado logo no primeiro minuto depois do intervalo - e com Anderson ao jeito de cereja -, até com a esperança de um empate feliz num qualquer contra-ataque acabou. Mas ainda assim, depois disso, a insistência do Paços em jogar à bota dos adversários e em sufocar o transportador do jogo, abalou o FC Porto durante algum tempo, à laia de simulação do que os médios do Sporting podem fazer depois de amanhã, no Dragão, quando vierem discutir o Jamor com a equipa de Adriaanse. A comparação não é forçada. Se a coisa valeu como teste, o certo é que o holandês conseguiu desenvencilhar-se. O FC Porto arrumou esse período com o terceiro golo - admirável movimento de Lisandro e Lucho - e foi à procura do quarto. Custos do abanão? Um remate de Edson, mais leviano do que a situação merecia. Má nota apenas para a esterilidade do contra-ataque na fase seguinte. Marcar golos nessas alturas também é sinal de competência e não faltaram hipóteses.
Ficha de jogo
Estádio do Dragão | relvado: excelente| espectadores: 30 309 | árbitro: Hélio Santos [Lisboa] | assistentes: Ricardo Santos, Venâncio Tomé | 4º árbitro: Hugo Miguel
FC Porto 3 - Paços de Ferreira 0
GOLOS [1-0] McCarthy 31', [2-0] Adriano 46', [3-0] Lisandro, 74
FC Porto
99 Vítor Baía GR
12 Bosingwa LD
4 Pedro Emanuel DC
35 Marek Cech LE
18 Paulo Assunção MD
8 Lucho MO
16 Raul Meireles MO
30 Anderson AD
28 Adriano AV 77
9 McCarthy AV 56
7 Quaresma AE 63
T: Co Adriaanse
31 Paulo Ribeiro GR
3 Ricardo Costa DC
13 Bruno Alves DC
6 Ibson MO
25 Ivanildo AE 63
11 Lisandro AV 56
39 Hugo Almeida AV 77
FC Porto
19 remates
0 poste
6 defendidos
3 golos
10 fora
2 pequena-área
7 grande-área
10 fora da área
15,7% eficácia remate/golo
6 faltas cometidas
5 cantos
3 foras-de-jogo
Fonte: OJogo
Imagens: Gettyimage
FICHA DO JOGO
Assistentes: Luís Salgado e Hernâni Fernandes
4º árbitro: António Taia
Substituições: Wénio por Rincon (62m), Filipe Oliveira por Mancuso (73m) e Kanu por Paulinho (84m)
Não utilizados: Nélson, Nuno Morais, Gaal e Olberdam
Treinador: João Abel
Substituições: Anderson por Bruno Alves (51m), Quaresma por Ibson (98m) e McCarthy por Hugo Almeida (115m)
Não utilizados: Paulo Ribeiro, Ricardo Costa, Ivanildo e Lisandro Lopez
Treinador: Co Adriaanse
Marcadores: McCarthy (22 e 96m) e Kanu (33m, g.p.)
Disciplina:
Cartão amarelo a McCarthy (30m), Pepe (32 e 49m), Briguel (54 e 120m),
Rincon (65m), Valnei (72m), Quaresma (79m), Marcos (94m), Bruno Alves
(95m), Vítor Baía (100m) e Cech (118m)
"Não
retiro ma vírgula ao que já disse, o futuro do jogador não passa pelo
FC Porto. Tudo o que foi falado, está dito e não vai ser retirado", afirmou.
O brasileiro ficou de fora das escolhas para o embate da Taça de Portugal, algo que não surpreende Djair Cunha:"Tanto
o Diego como eu estamos totalmente tranquilos. Já sabemos o que espera
o jogador e nada me surpreende nem mesmo a ausência do Diego na
convocatória do jogo para a Taça de Portugal. O remédio é esperar."
Contudo, o empresário fez questão de indicar que o médio mantém uma postura correcta dentro do grupo de trabalho azul e branco: "O
Diego é um jovem, tem o mundo do futebol pela frente. Eduquei-o no
sentido de respeitar toda a gente, superiores e colegas, e é o que ele
está a fazer. A sua postura é irrepreensível".
O regresso de Paulo Assunção às opções do técnico holandês Co Adriaanse é a principal novidade na convocatória do F. C. Porto para o jogo frente ao V. Setúbal. O médio brasileiro Diego ficou mais uma vez de fora das escolhas, o que pode querer dizer que o diferendo com o técnico dos «dragões» ainda não foi ultrapassado. Em compensação, o jovem Anderson, que se estreou na última jornada, continua a ser aposta.
De fora ficaram também os lesionados Jorginho e Helton, que continuam a fazer apenas tratamento. César Peixoto, Sokota e Bruno Moraes , os três lesionados crónicos, recuperam também das lesões que os têm apoquentado e não são opção para a partida com os «sadinos».
A comitiva do F.C. Porto partiu rumo ao Sul logo depois de almoço e já depois de ter entrado em estágio. Um estágio que vai continuar agora nas margens do Sado, até à hora do jogo, que está marcado para esta sexta-feira no Bonfim, pelas 21.30 horas.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Vítor Baía e Paulo Ribeiro;
Defesas: Bosingwa, Bruno Alves, Pepe, Ricardo Costa, Pedro Emanuel e Cech;
Médios: Paulo Assunção, Ibson, Anderson, Lucho González e Raúl Meireles;
Avançados: McCarthy, Ivanildo, Hugo Almeida, Lisandro López, Ricardo Quaresma e Adriano.
Fonte:MaisFutebol
O FC Porto acabou por ganhar facilmente um jogo que o Setúbal conseguiu encravar durante a maior parte do primeiro tempo. O golo de Adriano, na sequência de um canto, teve o condão de desatar o nó e de lançar os portistas para uma exibição mais eficaz que convincente, que lhes garante mais uma semana de liderança isolada.
Nada melhor que uma vitória incontestável e incontestada para sacudir a pressão para cima dos ombros dos outros. O FC Porto foi a Setúbal ganhar de forma clara e cristalina, garantindo mais uma semana de isolamento no topo da classificação. Com isso assegurou também o direito a um fim-de-semana tranquilo, em frente ao televisor, a torcer pela desgraça alheia, o que pode não ser bonito mas, nesta fase do campeonato, é inevitável. Note-se que o Setúbal não foi exactamente o adversário dócil que as estatísticas podem fazer adivinhar. Aliás, durante muito tempo, na primeira parte, ficou a sensação de que os sadinos tinham encontrado a forma de travar o ataque portista.
Hélio é um realista e o Setúbal que ontem defrontou o FC Porto era uma equipa pragmática, submetida à máxima segundo a qual se não é possível vencer, tenta-se empatar. Se os portistas atacam com quatro homens, os sadinos defendiam com cinco. Janício e Adalto para Quaresma e Lisandro, Binho e Auri para McCarthy e Adriano e Veríssimo como líbero para as sobras. No meio-campo, a filosofia mantinha-se, aplicando-se aos dois criativos. Sandro perseguia Raul Meireles, Ricardo Chaves marcava Lucho e apenas Paulo Assunção se livrava dos espartilhos de uma marcação pessoal e intransmissível, ainda que Pedro Oliveira fizesse questão de o pressionar sempre que o trinco portista tinha a bola nos pés. E o facto é que o ataque do FC Porto se eclipsou durante muito tempo na sombra dessas marcações. Os portistas dominavam o jogo, é certo, mas tratava-se de um domínio consentido pelo Setúbal, um domínio que se dissolvia em inconsequência na razão directa da proximidade da baliza sadina. Em contrapartida, com três homens rápidos no ataque, o Setúbal era uma equipa perigosa sempre que conseguia recuperar a bola no meio-campo, garantindo uma boa mão cheia de situações de igualdade numérica que a defesa portista foi resolvendo sem que tivessem chegado a incomodar Baía. Ao fim de quinze minutos era evidente que as duas equipas estavam encaixadas uma na outra, ao fim de meia-hora percebia-se que o jogo só podia ser desencravado num lance de bola parada ou de inspiração individual, e depois de quarenta minutos já se multiplicavam os bocejos na bancada. O despertador tocou logo a seguir.
Foi Adriano quem ganhou o canto, depois de Lucho González o ter descoberto na área por entre a floresta de pernas de defesas sadinos. Raul Meireles cobrou, cruzando a bola para o coração a área onde o avançado brasileiro surgiu, inesperadamente, mais alto do que Sandro, a cabecear, sem oposição, para o golo que desencravou o jogo. Faltavam quatro minutos para o intervalo e o desafio estava meio resolvido.
O Setúbal entrou para a segunda parte com vontade de mudar de vida. Hélio empurrou a sua equipa para a frente, mas acabou por desequilibrá-la e Quaresma aproveitou o desequilíbrio para resolver o encontro num lance enooooorme. O extremo pegou na bola no meio-campo do FC Porto, aguentou a pressão de Sandro, aproveitou o espaço que Lisandro libertou na direita ao levar dois defesas consigo para o meio, e foi lá cruzar para o segundo poste onde apareceu Raul Meireles a marcar, de cabeça. Faltava mais de meia-hora para o último apito de Pedro Henriques, mas o jogo acabou aí.
Ficha de jogo
Estádio do Bonfim | relvado: razoável | espectadores: cerca de cinco mil | árbitro: Pedro Henriques, Lisboa | assistentes: Gabino Evaristo, Carlos Nilha | 4º árbitro: Marco Pina
Setúbal 0 - FC Porto 2
GOLOS [0-1] Adriano 41', [0-2] Raul Meireles 51'
FC Porto
99 Vítor Baía GR
12 Bosingwa LD
14 Pepe DC
3 Pedro Emanuel LE
18 Paulo Assunção MD
16 Raul Meireles MO
8 Lucho González MO
11 Lisandro AD 82'
7 Quaresma AE
28 Adriano AV 89'
9 McCarthy AV
T: Co Adriaanse
31 Paulo Ribeiro GR
3 Ricardo Costa DC
13 Bruno Alves DC
35 Cech LE 82'
6 Ibson MD
25 Ivanildo AE
39 Hugo Almeida AV 89'
Amarelos 62' Pepe, 78' Raul Meireles
ESTATÍSTICA DO JOGO
FC Porto
10 remates
1 poste
5 à baliza
2 golos
2 fora
3 pequena-área
2 grande-área
5 fora da área
20 eficácia remate/golo
14 faltas cometidas
12 cantos
3 foras-de-jogo
Fonte:OJogo
Co Adriaanse não conta, definitivamente, com Diego, pelo menos enquanto se mantiver o divórcio público do jogador, anunciado de forma recorrente pelo seu pai e representante, com o F.C. Porto. Privado de Jorginho, por lesão, e Paulo Assunção, devido a castigo, o treinador holandês optou pelo regresso de Anderson (estreia em perspectiva) à lista de convocados, voltando a preterir Diego.
Sonkaya, Alan e Diego ficam de fora, por mera opção, tal como os lesionados Jorginho, Helton, César Peixoto (trio remetido a tratamento), Bruno Moraes (treino integrado condicionado) e Sokota (treino condicionado).
O F.C. Porto cumpriu a última sessão de trabalhos, antes da recepção ao Nacional da Madeira, nesta tarde de sábado, no Estádio do Dragão. No final do treino, Adriaanse divulgou a convocatória de 18 nomes, para o confronto com a formação insular, a partir das 18h30 de domingo, no recinto portista.
Subsistem algumas dúvidas quando à estratégia a utilizar, por parte do treinador holandês. Sem Paulo Assunção, a repetição do 3x3x4 está na deslocação de Bosingwa ou Raul Meireles para a posição mais recuada do sector intermediário, surgindo o regresso ao 4x3x3 com alternativa.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Vítor Baía e Paulo Ribeiro;
Defesas: Bosingwa, Ricardo Costa, Bruno Alves, Pedro Emanuel, Pepe e Marek Cech;
Médios: Raul Meireles, Ibson, Lucho González e Anderson;
Avançados: Ricardo Quaresma, Lisandro López, Hugo Almeida, Adriano, McCarthy e Ivanildo
Fonte:MaisFutebol
Uma vitória que vale mais do que três pontos. Desde logo porque a resposta dos portistas após a derrota na Luz foi espectacular e depois porque vingou o pesadelo da época passada, com o mesmo adversário. McCarthy regressou aos golos, numa equipa que jogou em velocidade e pelas alas. O Nacional? Mostrou muito pouco
E foi uma espécie de vingança de chinês, que esperou religiosamente um ano para encontrar a melhor forma de limpar a honra. É verdade que os intérpretes são diferentes, mas como o que conta são os números, a vitória de ontem matou um fantasma que andava a pairar na cabeça dos jogadores e adeptos. Talvez tenha sido esse um dos motivos para o FC Porto ter jogado tão bem. Os jogadores entraram extremamente determinados e conseguiram obter a vitória mais robusta de 2006 - a maior da época foi com a Académica, 5-1, mas ainda em 2005. O Nacional parece estar em queda livre, mesmo que ainda permaneça na parte de cima da classificação, dando ontem uma imagem pobre do que realmente vale.
Quando se esperava que Co Adriaanse não inventasse, apesar de Paulo Assunção estar castigado, o treinador holandês voltou a surpreender. Manteve a defesa que actuou na Luz e em vez de deslocar Bosingwa para o lugar de Assunção, preferiu colocar Marek Cech ao lado de Lucho e recuar Meireles para trinco. A verdade é que a configuração deu resultados e o meio-campo manteve a postura agressiva de sempre e ganhou dinamismo com o eslovaco, jogador de cabeça levantada e que sabe descobrir espaços. Na frente, os quatro elementos do costume. Tudo isto perante um Nacional preocupado em defender, com cinco elementos, ajudados por dois médios-defensivos (Chainho e Bruno), deixando apenas para Juliano, André Pinto e Miguel Fidalgo a missão de atacar. Por vezes conseguiram, mas na verdade sem rasgo, provocando apenas um par de sustos a Baía, que de resto resolveu-os com classe. Também o guarda-redes se redimiu do erro na Luz.
Ao jogar pelas alas e sempre em velocidade, o FC Porto chegou ao intervalo a vencer calmamente, com golos de McCarthy depois de um passe magnifico de Adriano (não marcava desde o Belenenses, na primeira volta) e Pepe, oportuno a cabecear após um canto de Meireles. Ainda assim, a eficácia podia ter sido melhor, porque houve outras oportunidades. A segunda parte foi jogada no mesmo ritmo, sempre em velocidade, mas talvez tenha faltado mais um golo para traduzir melhor a superioridade do FC Porto. Lucho González aproveitou da melhor forma uma jogada de Ivanildo e fuzilou Diego. Antes disso houve um momento importante do jogo, quando Baía se opôs com classe a um remate de Chilikov, voltando a brilhar quando impediu Ricardo Fernandes de marcar. A primeira defesa impediu o crescimento do Nacional e permitiu uma maior galvanização do FC Porto. Anderson foi um dos responsáveis, jogando como número dez e com velocidade para aparecer junto de Diego. Esteve quase a marcar, mas mesmo assim deixou as bancadas à beira da loucura, já de si extasiadas por uma exibição colectiva convincente.
Ficha de jogo
Estádio do Dragão | relvado: em bom estado | espectadores: 33 909 | árbitro: Paulo Pereira (Viana do Castelo) | assistentes: Alfredo Braga (Braga) e José Carlos Santos (Aveiro) | 4º árbitro: Cosme Machado (Braga)
FC Porto 3 - Nacional 0
GOLOS [1-0] McCarthy 17', [2-0] Pepe 45', [3-0] Lucho González 51'
FC Porto
99 Vítor Baía GR
12 Bosingwa LD
14 Pepe DC
4 Pedro Emanuel LE
16 Raul Meireles MD
8 Lucho González MO 79'
35 Marek Cech MO
7 Quaresma AD
25 Ivanildo AE 61'
28 Adriano AV
9 McCarthy AV 69'
T: Co Adriaanse
31 Paulo Ribeiro GR
13 Bruno Alves DC
3 Ricardo Costa DC
6 Ibson MD 79'
11 Lisandro AD 61'
30 Anderson AE 69'
39 Hugo Almeida AV
ESTATÍSTICA DO JOGO
FC Porto
17 remates
0 poste
5 à baliza
3 golos
9 fora
1 pequena-área
8 grande-área
8 fora da área
17,6 eficácia remate/golo
18 faltas cometidas
10 cantos
5 foras-de-jogo
Co Adriaanse sobre Diego
Sobre Diego:
"Diego é um bom jogador, um bom número dez. Treinando sempre bem, tem mais possibilidades de ser convocado"
Fonte: OJogo
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